28.4.07

A polícia política de Salazar



«Conversas com História»
A polícia política de Salazar
Irene Pimentel (*)

FNAC (Chiado)
2/5/2007
18h30




(*) Irene Pimentel é investigadora, tendo defendido, em Janeiro de 2007, uma ítese de doutiramento intitulada A PIDE/DGS - História da Polícia Politica do Estado Novo

26.4.07

Livros de Memórias

Embora não exista entre nós uma tradição memorialística significativa, parece que, desde há algum tempo, os livros de memórias estão definitivamente na moda.

Mas este não é novo. Encontrei há dias, mais ou menos por acaso, numa espécie de Feira do Livro, a obra que Raimundo Narciso publicou há sete anos:

A.R.A., Acção Armada Revolucionária – A História Secreta do Braço Armado do PCP, Dom Quixote, Lisboa, 2000, 410 p.

É, de facto, mais um livro de memórias, escrito de dentro das histórias, de leitura extremamente agradável e fácil, apesar do detalhe com que são descritas acções, situações e pessoas; «(...) o registo - por quem o viveu - da luta abnegada, das aventuras, medos, raivas, coragens, de homens e mulheres com nome e rosto (...)».

Fiquei a saber muito mais sobre acontecimentos de que conhecia a existência - mas não a substância - e que localizava mal no tempo.

Para quando documentos semelhantes sobre outras organizações, algumas delas até contemporâneas da ARA e com características, pelo menos parcialmente, semelhantes? Estou a pensar, obviamente, na LUAR e no PRP/BR. Era importante que os protagonistas não desaparecessem sem deixarem o seu legado.

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Ainda é Abril!




A ceux qui ne croient plus

Voir s'accomplir leur idéal

Dis leur qu'un œillet rouge

A fleuri au Portugal




Georges Moustaki




23.4.07

Manda novamente algum cheirinho de alecrim

CHICO BUARQUE - «Tanto Mar»
Versão 2, depois do PREC (1976)

Letra da versão 1 (1975):

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

22.4.07

«Novas relações entre política e religião»

É este o título da crónica semanal de Frei Bento Domingues (no Público de hoje, 22/4/2007), que li muito atentamente.

Se bem a percebi, discordo em pontos que me parecem importantes.
Passo a citar:

«Mas só a cegueira não vê as fraquezas de um regime de total “separação” [entre política e religião]. Não acabará por marginalizar as religiões, subestimando a sua importância na vida social de muitos cidadãos que encontram nelas fonte de empenhamento e de esperança e tornar anémicas as próprias democracias? Estas não dispõem, por si mesmas, de recursos suficientes para enfrentar os riscos da mundialização, gerar a paz e gerir as questões da sociedade que têm a ver com as crenças e as opiniões dos cidadãos.
A filosofia democrática e a moral laica estão um pouco gastas».

Alguns comentários breves:
• Não sei por que razão um regime de «total separação» entre política e religião pode tornar anémicas as democracias – as religiões não são vitaminas que evitem ou curem anemias.
• Não penso que as religiões estejam a contribuir para enfrentar os riscos da globalização – muito pelo contrário, temos vindo a assistir ao renascer de graves fanatismos e de muitos autoritarismos (inclusive por parte da hierarquia da Igreja católica, como Frei Bento reconhece na parte final da sua crónica), que não ajudam em nada.
• Não considero que a filosofia democrática e a moral laica estejam «gastas» – embora com muitas limitações, elas sim são, no meu entender, a grande esperança para que não morra a utopia de um mundo global, com mais paz e com maior justiça.

Talvez volte a este assunto num outro contexto.

Faltam três dias para o 25 de Abril!



Que se calem as outras memórias!























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